Publicado em 10/03/2021 - Atualizado
Primeiramente, o que são EPIs? Os Equipamentos de Proteção Individuais, ou EPIs, é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo operário, destinado a proteção contra todo risco capaz de ameaçar a sua segurança e a sua saúde.
O uso dos EPIs só deverá ser feito quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade, ou seja, quando as medidas de proteção coletiva não forem viáveis, eficientes e suficientes para a atenuação dos riscos e não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho.
Está determinado na lei brasileira que a empresa deve fornecer todos os EPIs a seus funcionários. E não basta apenas dar os equipamentos, é necessário também garantir a sua utilização, conforme a NR6 destaca.
A NR-6 foi atualizada no dia 05/08/22, pela PORTARIA MTP Nº 2.175, DE 28 DE JULHO DE 2022:
Confira aqui a matéria sobre a nova NR-6 - Equipamenos de Proteção Individual.
Entre os principais ramos de trabalho que exigem a utilização dos EPIs, estão atividades nas quais os operários estão expostos a riscos químicos, altura, ruídos, calor ou frio, produtos tóxicos, eletricidade, objetos cortantes e impactos com detritos e é fundamental que, para cada atividade, os EPIs corretos sejam utilizados.
Ainda que a denominação seja a mesma, os EPIs podem variar de acordo com a área de atuação. Cada segmento exige um equipamento diferente, mas todos visam à proteção do trabalhador. A adoção das ferramentas é determinada por lei, e o descumprimento pode acarretar multas paras as empresas.
Atualmente existem diversos tipos de EPIs no mercado. Mas você imagina quais são os mais comuns? Aqui estão alguns mais comuns!
Os óculos de segurança garantem a proteção dos olhos contra partículas, faíscas e respingos de produtos químicos. Há também os óculos de lentes escuras que protegem os olhos da radiação solar.
Existem inúmeros tipos de luva no mercado de EPIs e cada uma garante uma proteção específica, além de precisar ser adequada para a atividade e gerar conforto ao trabalhador. Entre elas estão: luvas de raspa, luvas de lã pigmentada, luvas de kevlar, luvas de látex, enfim! Cozinheiros, eletricistas e químicos são exemplos de profissões que precisam usar luvas.
O capacete é um dos EPIs mais utilizados no mundo, isso porque a cabeça é a área do corpo humano que mais precisa de proteção. Este EPI é o responsável por prevenir o crânio de impactos e choques elétricos. O seu uso é essencial em diversas atividades trabalhistas como em obras, serviços de eletricidade e manutenção.
Para exemplificar, no ramo da construção civil, a cor do capacete de um colaborador o identifica em relação à sua profissão, a seguinte ordem é:
branco/cinza – engenheiros, estagiários, técnicos, mestre de obras ou encarregados;
azul – pedreiros;
laranja – eletricistas;
preto – operador de máquinas;
marrom – carpinteiros ou visitantes;
vermelho – bombeiros;
amarelo – visitantes.
As botas de segurança têm a função de proteger os pés de quedas de materiais, perfurações, torções e picadas de insetos. Deve ser usada por pedreiros, técnicos, carregadores de peso, entre outras profissões.
Existem muitos postos de trabalho onde a intensidade do som é classificada como acima do nível seguro à presença humana. Para exemplificarmos, qualquer ruído superior a 80 decibéis já tem potencial para prejudicar o sistema auditivo de uma pessoa. Desse modo, o protetor auditivo pode ser considerado um dos equipamentos de proteção individual mais conhecidos e vendidos, até porque, o seu uso não está restrito apenas à indústria, já que sua função é bem-vinda e bastante comum em diversas outras aplicações. Entre os tipos de equipamentos de proteção auditiva, destacam-se duas modalidades, os abafadores e os protetores auriculares.
Os abafadores de ruído são opções de segurança que oferecem mais proteção ao ouvido, ou seja, é comumente aplicado em locais onde a intensidade sonora é extrema. Conhecido também como abafador tipo concha, há versões que são capazes de reduzir a intensidade do som que chega aos ouvidos em até 25 decibéis.
Em relação aos outros, o protetor auricular é um tipo de proteção auditiva menos robusta, isto é, utiliza-se em ambientes onde os ruídos apresentam menor intensidade. A taxa de redução dos ruídos de um protetor auricular está na média de 10 a 15 decibéis, o que já pode ser suficiente para determinadas demandas.
Basicamente, na prática os EPIs têm dois prazos de validade distintos: um do CA e outro do próprio equipamento. Ambos devem ser seguidos para garantir a integridade física do operário. Podemos dividir esse prazo em dois instantes: o primeiro na hora da compra do equipamento, e o segundo na utilização do EPI, pois cada um se aplica a uma etapa.
Deve-se observar o prazo do CA no momento da compra, pois se estiver fora da validade, a comercialização não pode ser feita e, portanto, os EPIs não estarão aptos para uso. Depois de comprar o equipamento dentro do prazo do CA, é preciso cumprir a validade que o fabricante estipulou para os EPIs, isso demonstra que ele continua em boas condições e protegerá o trabalhador de acordo com as especificações.
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