Como Fazer a Análise de Riscos Ocupacionais de Uma Empresa

Para você que procura saber como funciona a análise de riscos ocupacionais, acompanhe esse artigo até o final, pois vai descobrir quais os métodos precisa adotar na prática no momento de tomar essa medida.

Os riscos ocupacionais consistem na possibilidade do trabalhador ter algum tipo de dano causado por um acidente.

Conforme o Ministério do Trabalho, esses riscos são classificados através de sua natureza, que podem ser:

• Física: onde se considera a exposição do trabalhador a energia de diversas fontes, como ruído, temperatura, vibração, radiação, dentre outros.
• Química, onde é considerada toda forma de substância que possa agredir as vias respiratórias, como por exemplo, poeira, vapores ou gases.
• Biológica, esta natureza considera as bactérias, vírus e fungos, dentre outros agentes nesta categoria fatores de riscos ocupacionais.
• Ergonômica, onde se considera todo fator que possa prejudicar as características do perfil psicofisiológico do trabalhador, ou seja, a repetitividade, má postura e toda falta de ferramentas de trabalho que forneça condições de trabalho inadequadas.
• Acidental, aqui podemos citar as máquinas mal conservadas, equipamentos sem a manutenção periódica, armazenamento inadequado e riscos de explosão.

A portaria de Nº 3.214, de 1978, traz uma série de regulamentações que solidificam as leis quando se trata de segurança e medicina do trabalho.

Em agosto de 1992, o Ministério do Trabalho e Emprego torna obrigatória a Elaboração do Mapa de Riscos para as empresas.

O Mapa de Riscos representa graficamente os riscos ocupacionais, logo objetiva reunir informações para fazer um diagnóstico da situação de segurança e saúde no ambiente de trabalho.

Após isso, há a possibilidade de divulgação entre os funcionários, consequentemente os envolve nas atividades de prevenção.

É de extrema importância que o responsável por elaborar uma análise de riscos ocupacionais conheça detalhadamente todo procedimento e tenha sólido conhecimento para evitar qualquer tipo de falha.

Para iniciar na prática a análise de riscos ocupacionais, separeis os principais passos a serem tomadas:

1.CONHECIMENTO DO PROCESSO DE TRABALHO

É necessário compreensão aprofundada em toda metodologia de trabalho. Neste momento você precisa ter as seguintes informações:

• Funcionários: número, sexo, idade, capacitações profissionais e treinamentos de segurança e saúde.
• Instrumentação e todo material utilizado nas atividades executadas.
• Procedimento das atividades exercidas.
• O ambiente e suas características

2. IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS NO LOCAL

São classificados conforme vimos acima e eles podem ser:

• Operacionais, com riscos para acidentes.
• Comportamentais ou Ambientais, com riscos físicos, químicos ou biológicos e orgânicos.      

Cada tipo desses riscos é representado por uma cor, que ajuda na identificação da sinalização. São elas:

• Verde: grupo 1 que se refere aos riscos físicos;
• Vermelho: grupo 2 que se refere aos riscos químicos;
• Marrom: grupo 3 que se refere aos riscos biológicos;
• Amarelo: grupo 4 que se refere aos riscos ergonômicos;
• Azul: grupo 5 que se refere aos riscos ocupacionais de acidentes causados por um conjunto de inadequações como máquinas sem revisão e ferramentas sem a devida proteção.

3. IDENTIFICAÇÃO DAS MEDIDAS PREVENTIVAS 

Verificar as medidas preventivas e analisar sua eficácia:

• Medidas de proteção coletiva;
• Medidas de organização do trabalho;
• Medidas de proteção individual;
• Medidas de higiene e conforto em refeitórios, sanitários e áreas de lazer.

4. IDENTIFICAÇÃO DOS INDICADORES DE SAÚDE

• Verificação das as reclamações mais frequentes entre os trabalhadores;
• Análise dos acidentes de trabalho que já possam ter ocorrido;
• Diagnóstico de doenças resultantes de riscos ocupacionais;
• Identificação das causas entre as faltas com maior incidência.

5.  REALIZAR O LEVANTAMENTO AMBIENTAL

Além de fazer o levantamento ambiental é importante conhecer as análises realizadas anteriormente. Neste levantamento é possível:

• Avaliações de ruído por dosimetrias;
• Avaliações de vibração;
• Poeira total (PNOS);
• Poeira Respirável (PNOS);
• CO2;
• CO/CO2;
• Vapores Orgânicos.

6. ELABORAÇÃO DO MAPA DE RISCO

O Mapa de riscos precisa seguir o layout e o padrão do órgão competente. Deve ser apontado em círculos:

• A que grupo pertence os riscos ocupacionais, seguindo sua cor padrão;
• A especificação do agente de risco, como por exemplo a repetitividade para ergonômico e sílica para químico;
• A quantidade de funcionários expostos;
• A potência dos riscos conforme a percepção dos trabalhadores.

7. AVALIAÇÃO DOS RISCOS

Com todas as informações a CIPA deve examinar cada risco apontado para classificar o perigo por tipo de agente, seguindo a tabela de riscos ambientais, determinando em grau pequeno, médio ou grande.

8. REPRESENTAÇÃO NA PLANTA OU DESENHO

Os riscos são representados por seu tamanho, em círculos, e em seu tipo pelas cores. No caso de diferentes tipos de riscos, o círculo pode ser dividido com cores diferentes.

9. RESULTADOS

O Mapa de Riscos fica exposto em lugar visível a todas as pessoas que trabalham no local, para que sirva de alerta sobre os riscos de acidente em cada um dos pontos marcados.

O objetivo é a eliminação destes riscos ocupacionais ou a redução dos mesmos.

CONCLUSÃO

Demonstrei através de etapas a implementação da análise de riscos ocupacionais, obrigatório a todas as empresas.

Com informações segmentadas espero mostrar com clareza como funciona esse trabalho de forma prática.

Lembro que a aplicação destas normas evitam acidentes e contribuem para o bem estar do trabalhador e ajuda no desenvolvimento da empresa.

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