Quando o assunto é eletricidade, normalmente associamos o mesmo somente às atividades de distribuição de energia ou aos profissionais eletricistas. Mas o uso da eletricidade não está restrito apenas a esses trabalhadores, vai muito além.
Em quase todas as atividades profissionais, os trabalhadores podem estar expostos à eletricidade, seja em maior ou menor intensidade. Mas, de modo geral, o contato com um dispositivo, equipamento, ferramenta, máquina, conexões, entre outros materiais elétricos, normalmente acontece durante a jornada de trabalho.
Como o uso desses materiais geralmente acontece de forma indireta, nem sempre são tomados os devidos cuidados ao manipular um equipamento ou máquina elétrica e isso pode acarretar em sérios acidentes.
Saiba como p revenir acidentes envolvendo eletricidade!
Para que o trabalhador fique seguro é preciso um equipamento capaz de isolar a eletricidade. Para saber quais botinas realmente podem proteger nessas situações, existe uma certificação de aprovação do Ministério do Trabalho que comprova a eficiência e atesta tecnicamente a adequação da botina para estes ambientes.
Para trabalhar em ambientes em que existe contato direto com eletricidade, o ideal é que as biqueiras dos calçados sejam de polipropileno ou de composite (a biqueira de composite substitui a de aço, protegendo os pés do usuário contra impactos de quedas de objetos sobre os dedos).
É um EPI essencial para o trabalhador. As luvas de proteção garantem a segurança na manutenção de instalações e serviços com eletricidade em geral.
Protege os braços e proporcionam mais segurança, reforçando a proteção e isolamento contra eletricidade.
Sim, muitas vezes é preciso que o trabalhador trabalhe nas alturas! O cinto de segurança para eletricistas é específico para proteger o trabalhador do risco de choque elétrico.
Camisas e calças especiais contra agentes térmicos provenientes do arco elétrico, dependendo da situação, são fundamentais.
A NR 10 – norma que regula as atividades na indústria – é uma importante norma que, quando seguida à risca, ajuda a diminuir os acidentes com eletricidade. Ela indica procedimentos e requisitos para o trabalho com instalações elétricas e seus sistemas.
Essa norma deve ser aplicada em todas as empresas onde os trabalhadores desempenham funções de transmissão, geração, distribuição ou consumo de energia. Uma das determinações da NR 10 é o treinamento obrigatório de, no mínimo 8 horas, para profissionais que trabalham com linhas energizadas ou em situações de risco correlatas.
Além disso, as empresas devem capacitar seus colaboradores anualmente, através de um treinamento de reciclagem, sobre os riscos e procedimentos para evitar acidentes elétricos.
A realização de manutenções preventivas em todos os equipamentos e maquinarias industriais é absolutamente fundamental para evitar problemas futuros. Uma máquina com defeito é uma fonte geradora de problemas e representa, sobretudo, um grande risco para o trabalhador.
É importante se atentar também às datas de validade dos EPIs, assim como o CA - Certificado de Aprovação. Quando se compra o EPI deve-se observar o prazo do CA (Certificado de Aprovação), pois se estiver fora da validade, a comercialização não pode ser feita e, portanto, o EPI não está legalmente apto para o uso. Depois de comprar o equipamento dentro do prazo do CA, é preciso cumprir a validade que o fabricante estipulou para o EPI, isso demonstra que ele continua em boas condições e protegerá o trabalhador de acordo com as especificações.
O sucesso na indústria depende de vários fatores e um deles é o engajamento do time de colaboradores. A falta de informações e de procedimentos de segurança abrem lacunas para falhas e erros. Quem tem trabalhadores capacitados e preparados evita problemas no dia a dia. Por isso, promova constantemente treinamentos de reciclagem.
O DDS - Diálogo Diário de Segurança é um assunto em alta no momento. Muitos profissionais da área de SST tem adotado a prática e os resultados tem sido muito positivos. Até porque é de costume compartilhar nas redes sociais as transmissões e relatos, o que gera engajamento e ajuda a aumentar a cultura de segurança do trabalho de maneira geral. Mas além de tudo, o trabalhador sente que sua segurança foi reforçada após um DDS, já que ele mesmo acaba prestando mais atenção em sua própria segurança.
Aparelhos mais velhos e que apresentam falhas no revestimento dos fios são um verdadeiro perigo. Eles podem gerar curtos-circuitos e choques. Sendo assim, nada de manter fios expostos em sua casa. O ideal é sempre fazer a substituição do fio.
Não mexa na instalação caso você não entenda bem do assunto ou não se sinta confiante para isso. Deixe a sua instalação elétrica nas mãos de profissionais!
E caso aconteça o acidente, o que fazer? Bom, o mais o recomendado é desligar a chave elétrica do local – se houver. Chame ajuda e ligue para o SAMU ou Corpo de Bombeiros e peça também por instruções. Com eles você se sentirá mais seguro para tomar as primeiras medidas de assistência. Não faça nada que você não tenha certeza ou não tenha segurança. Isso pode só piorar a situação.
O treinamento é essencial para que as medidas de segurança sejam aprendidas pelos trabalhadores, assegurando a proteção de todos. A capacitação dos colaboradores para a realização das tarefas, a conscientização sobre as medidas de controle, os riscos envolvidos e a importância da utilização dos EPIs contribui para que ocorra um menor número de acidentes de trabalho.
O conhecimento dos procedimentos de segurança da NR 10, o uso de equipamentos de segurança específicos para eletricidade e a realização de treinamentos são medidas que, se aplicadas em conjunto, garantem a segurança e o bem-estar de todos na empresa, preservando a qualidade de serviço e a produtividade na realização de tarefas de manutenção elétrica.
Sua empresa faz uso dessas práticas? Há algo que pode ser diferente para reduzir o risco de acidentes? Deixe um comentário!
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