O técnico de segurança do trabalho e demais profissionais do SESMT precisam estar atentos e abertos à aprendizagem de novos métodos e formas que otimizam o trabalho burocrático e às relações com os colaboradores.
Há ainda muito que se fazer! Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Segurança e Saúde do Trabalho (SST) é um elemento fundamental de políticas sociais e previdenciárias dos países.
Dados da agência indicam que a cada ano são registrados cerca de 2,8 milhões de acidentes de trabalho fatais e mais de 370 milhões de acidentes que provocam lesões no trabalhador. Tais eventos geram perdas econômicas e custos incalculáveis do ponto de vista social e humano.
Com a digitalização, as novas tecnologias e o acesso a novas ferramentas surgem novas oportunidades para o gerenciamento eficaz da saúde e segurança do trabalho.
Seja técnico, tecnólogo ou engenheiro, o profissional em Segurança do Trabalho tem como missão a inspeção das instalações físicas e equipamentos de uma empresa. O objetivo é se certificar de que as leis e normas brasileiras estejam sendo cumpridas.
Em ambientes de risco como chão de fábrica, laboratórios, hospitais e canteiros de obra, o especialista se atenta para riscos e perigos para evitar acidentes, danos e problemas de saúde, a partir de ações como:
Uma coisa é certa, esse é o fim:
– O fim dos profissionais de SST que têm preguiça de estudar, de fazer pesquisas sobre os assuntos técnicos mais simples da área;
– É o fim dos profissionais que querem documentos tipo fast food, com modelinhos prontos para cada situação;
– É o fim dos profissionais que não têm interesse em aprender novas habilidades, já se foi o tempo de apenas decorar NRs para poder atuar como profissional prevencionista;
– É o fim dos profissionais que passam o ano inteiro e às vezes anos sem ler um único livro seja sobre assuntos técnicos ou assuntos de outras áreas;
– É o fim do profissional que não investe em sua carreira profissional, que só participa de eventos e cursos se os mesmos forem gratuitos, que acha desnecessário pagar para adquirir conhecimento;
– É o fim do profissional que acha que é responsabilidade exclusiva da empresa investir em sua formação profissional;
– É o fim do profissional que não se conecta com as novas tecnologias, que muitas vezes não sabe nem o básico da informática e que não tem a iniciativa de aprender sobre;
– É o fim do profissional que foca só nos problemas e nunca na entrega de solução;
– É o fim do profissional que não sabe gerar valor para a empresa e fica apenas entregando EPI no balcão do almoxarifado;
Os profissionais da área possuem um campo de atuação bastante amplo.
Isso porque todos os ambientes de trabalho precisam contar com as devidas ações corretivas e preventivas para garantir o bem-estar dos colaboradores.
Portanto, o que muda em relação aos diferentes setores são as exigências, que dependem das atividades exercidas em cada local.
Saiba que esses profissionais não precisam ficar restritos a uma única área. É possível transitar entre elas desde que possuam os conhecimentos necessários.
É importante para qualquer empresa contar com alguém capacitado em segurança do trabalho.
Afinal, é ele quem verifica se os equipamentos foram instalados corretamente e se a empresa segue as medidas adequadas de prevenção a acidentes.
Trata-se, portanto, de uma garantia a mais para a organização em relação à segurança. Além disso, a presença desse profissional ajuda a companhia a realizar as atividades de forma mais precisa.
A vantagem também está ligada a fatores econômicos. Quando a empresa investe em medidas de segurança, os gastos que podem ser gerados pelos acidentes de trabalho diminuem.
A Segurança no Trabalho é essencial em indústrias de todos os tipos!
Nos ambientes de fábrica, os funcionários têm contato direto com máquinas e equipamentos pesados. O uso desses maquinários pode causar acidentes graves e, dependendo do caso, até levar à morte. É claro que as indústrias querem evitar ao máximo que seus colaboradores sejam lesionados.
Para isso, os profissionais de segurança do trabalho verificam se os equipamentos seguem os padrões, analisa a toxicidade dos materiais usados, controla a temperatura do ambiente, se a empresa oferece treinamentos aos operadores de máquinas, entre outras atividades fundamentais para a segurança no trabalho.
Assim como nas organizações privadas, os órgãos do governo também demandam especialistas em Segurança no Trabalho.
São eles os responsáveis por dar as instruções necessárias para os servidores públicos evitarem doenças e acidentes causados pelo trabalho. Dessa forma, também colabora para a prestação de serviço nesses órgãos.
Apesar de ser considerado um investimento, sobretudo nos períodos em que o orçamento está curto, a atuação de um profissional de segurança do trabalho é fundamental. Isso porque a redução de licenças por acidente de trabalho também contribui para fechar as contas do governo.
Tanto em hospitais, quanto em unidades básicas de saúde, os funcionários precisam manusear equipamentos e instrumentos variados, portanto, também oferece riscos de acidentes.
No entanto, o mais grave dos problemas a serem evitados é a contaminação. Por isso, a presença de especialistas em Segurança no Trabalho é fundamental. Eles oferecem as orientações em relação às práticas adequadas para evitar contaminações, assim como o descarte correto dos instrumentos utilizados que podem estar contaminados.
Quando se trata de trabalhos em altura, os riscos de acidentes são mais evidentes. O uso incorreto dos equipamentos de segurança pode causar quedas graves e até mesmo fatais para o funcionário.
Boa parte desses acidentes são evitados quando um profissional de segurança do trabalho atua no local. Além de garantir o uso correto dos equipamentos, ele verifica se os mesmo estão conservados, se os funcionários estão, de fato, aptos a fazer o trabalho e toma todas as precauções necessárias.
A área de construção civil também contrata profissionais capacitados para assegurar o bem-estar de todos os que trabalham nos canteiros de obra.
Isso porque é no setor da construção que acontece a maior parte dos acidentes de trabalho, incluindo os mais letais. Por isso, os esforços para seguir as normas de segurança são tão importantes.
Quem atua nessa área fica responsável por garantir que todos utilizem as ferramentas corretamente e usem os equipamentos de segurança individuais para evitar quedas, choques elétricos, doenças de pele, entre outros problemas derivados dessa área de atuação.
Até mesmo o setor agropecuário tem requisitado cada vez mais profissionais de Segurança no Trabalho. Com o aumento no uso de máquinas para colheita e plantação, é preciso que os funcionários saibam operá-las de forma segura.
Como você deve saber, os agrotóxicos são bastante usados em diversas plantações. Existem orientações, roupas e protetores a fim de evitar contaminação e intoxicações por conta desse agentes.
Ainda, por ser uma atividade exercida a céu aberto, os trabalhadores ficam expostos aos danos causados pelo sol. Para evitá-los, eles precisam conhecer os meios corretos de proteção.
Os salários pagos para quem trabalha com segurança no trabalho varia de acordo com a área, estado do país e cargo ocupado, como em qualquer outra profissão.
No entanto, a média salarial do profissional da área varia de R$ 2.080 a R$ 4.250. O setor que costuma oferecer os salários mais atrativos é o da indústria, cuja média é de R$ 4.224. Em seguida, está a construção civil, que oferece salário de, em média, R$ 4.106. Está é uma média para profissionais registrados, é claro. Um técnico que presta serviços e/ou tem sua própria empresa geralmente tem um lucro maior, caso esteja ativo no mercado, pois a grande maioria das empresas precisam de um técnico de segurança do trabalho (obrigatoriedade das NR’s). Estes inclusive geralmente fazem uso de sistemas de gestão de SST, o que aumenta e muito a produtividade e consequentemente a receita mensal/anual.
Para atuar nesse campo, o profissional deve concluir o ensino médio e realizar um curso técnico em segurança do trabalho. Essa formação tem duração de pelo menos 1200 horas-aulas, sendo concluída em cerca de um ano e meio.
Nas aulas, os alunos estudam assuntos como leis e normas de segurança, prevenção e controle de riscos, princípios de saúde e higiene ocupacional, prevenção e combate a incêndio, processos industriais, psicologia organizacional, desenho técnico, ergonomia e informática aplicada. Além disso, tem mais 300 horas-aulas de prática em estágios.
Segundo a Federação Nacional dos Técnicos em Segurança do Trabalho, existem 430 mil profissionais formados no Brasil. Ainda assim, boa parte dos alunos termina o curso técnico com oferta de estágio ou emprego, já que as demandas no setor têm sido crescentes.
Para os técnicos que desejam crescer na carreira e querem alcançar salários ainda mais altos, uma graduação tecnológica na área de segurança do trabalho ou um bacharelado em engenharia são formas de garantir um diploma de nível superior para poder exercer cargos mais elevados na hierarquia corporativa, como coordenador ou analista.
Além do curso técnico, a profissão em segurança do trabalho demanda algumas competências específicas como habilidade de trabalhar em equipe, boa comunicação, proatividade, visão sistêmica, capacidade de observação técnica e destreza em administração de conflitos.
Lembre-se que você vai lidar não só com a elaboração de planos estratégicos, mas também com a orientação de pessoas. Por isso, é necessário ter muita atenção, paciência e dedicação. Essa profissão exige bastante responsabilidade, pois um técnico pode evitar acidentes e salvar vidas com os seus conhecimentos sobre segurança e saúde do trabalho.
Acidentes e problemas no ambiente de trabalho não só geram prejuízos como podem até mesmo manchar a imagem de uma empresa. Nesse contexto, os profissionais de segurança do trabalho têm ganhado espaço nas organizações.
Um fator que tem ampliado a requisição desses especialistas é a necessidade das empresas de cumprir a norma. Pois, segundo a legislação, mesmo obras de pequeno porte devem ser acompanhadas por um técnico de segurança do trabalho — geralmente, construções com mais de cinquenta funcionários já demandam a contratação de alguém do setor.
Além da construção civil, empresas dos variados campos de atuação também são obrigadas a contratar técnicos de segurança do trabalho em número proporcional ao seu quadro de funcionários. Dessa forma, o mercado de trabalho para o técnico em segurança do trabalho tem apresentado boas oportunidades de contratação e crescimento para os profissionais, com salários bem atrativos.
Essa profissão é fundamental para incentivar as organizações a valorizarem a saúde e a segurança dos funcionários. Se você tem interesse na área, vale a pena buscar uma formação de técnico em segurança do trabalho. Aproveite a ascensão do mercado de trabalho no setor!
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